quarta-feira, 26 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga pura meiguice








Seu físico é de uma fragilidade que contrasta com sua fortaleza.
Uma pessoa com muitas virtudes, tudo que lhe representa é magnífico.
Nem lembro quando começou nossa amizade, só sei que a cada dia se fortalece mais.
Sou sua fã.
Admiradora de seu trabalho, de suas ideias, de seu jeito de ser, que cativa as pessoas 
que estão ao seu lado.
As homenagens que presta a seus familiares e  amigos são de muita profundidade.
Tem o dom da oratória. Em encontros na associação da qual faço parte, quando o assunto é Saúde, lá está ela para nos ensinar.  
Discorre sobre os temas com muita clareza.
Tive a oportunidade de compartilhar das homenagens que lhe foram prestadas por ocasião de sua aposentadoria. Foram tantas as palavras de carinho que recebeu... Foi pura emoção.
Para encerrar este evento, seu marido e sua filha lhe prestaram uma homenagem. 
Fizeram uma bela dupla: o pai ao violão, e a filha com sua bela voz,  preencheram o ambiente.
Hoje, faz parte do Vocal “Outras Mulheres”. Sua entrada no  grupo se deu depois de assistir 
um Show feito pelo Grupo no Paço da Liberdade.
Nossas quartas-feiras, “dia do ensaio do grupo”, são gratificantes. 
Após o ensaio, uma roda de conversa, muitas vezes em pé em minha cozinha, e um brinde ligeiro.
Brindamos pela amizade, brindamos pela vida, brindamos por mais um dia.
O Canto nos enche a alma e o coração.
O Amor Mais Fácil, nome sugerido por uma outra amiga, de outro Grupo Vocal. 
Foi muito feliz na sugestão, e eu abracei esta ideia.
O amor pela amigas é realmente “O AMOR MAIS FÁCIL”.

# amor
# amizade
# Cantoria


sábado, 22 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga quituteira



Conheci-a através de meu filho, e ela já cantava em outro Grupo Vocal.
Uma criatura única, tranquila, misteriosa.
Chegava de manso, com o coro já em andamento, vinha de seu trabalho.
Cantávamos, e após o ensaio, saímos  para uma volta pelos bares da cidade.
Criamos o grupo “Sempre às terças” e ali estávamos nós, apreciando o que a vida nos dá
de melhor: reunião de  amigas.
Em um belo dia, conversa vai, conversa vem, descobri uma de suas paixões - a culinária, principalmente a portuguesa.
Em uma destas terças, dispensamos o bar e fomos provar O Bacalhau em sua casa. Não é um elogio gratuito, mas é um dos melhores que já comi.
Com um bom vinho, amigas ao redor de sua mesa.
Boa conversa, muitas risadas, muitas histórias.
O bom disso tudo, parafraseando meu pai: “Rir é o melhor remédio para se desopilar o 
fígado”.
No ano passado, por conta de minha impossibilidade de sair de casa, fui agraciada com sua visita.
Flores na mão, passamos uma tarde relembrando e desfiando algumas histórias. 
Outros encontros virão.
Hoje, estamos afastadas, devido às circunstâncias atuais.
Mas um telefonema e uma troca de mensagens sempre nos põem a par dos acontecimentos.
Dias melhores virão, com certeza, novos encontros.
Um abraço virtual para você e também para as demais.


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amigas Musicais








A reunião de cantoria se dá  em nossa  casa.
Elas vão chegando, cada uma no seu tempo.
Dificuldades? 
Sim, existem muitas, mas o propósito de estar ali é maior.
Cantar eleva a alma e enche o coração.
Com nosso regente, único representante masculino em um mundo só de mulheres.
Novos aprendizados, novas metas, alguns projetos em andamento.
Algumas vezes, terminado o ensaio nos reunimos em uma mesa redonda.
Vinho não pode faltar, petiscos para completar e muita, mas muita conversa. 
Cada uma tem um tema para discorrer.
Vai-se a noite. 
O dia seguinte nos espera.
Hoje, nossos encontros foram interrompidos por conta do momento que estamos passando.
Afastadas fisicamente, só nos resta o encontro on-line para amenizar um pouco a saudade.
Saudade dessas pessoas que enchem de alegria nossa casa.
A casa está muda, nossos sons foram abafados.
O espaço está vazio.
Pessoas que dizem muito, nesse mundo musical.
Até quando?
Não sabemos.
Esperamos que em breve.
Casa cheia, música, alegria. 
Boas conversas.
Viva este grupo tão cheio de vida.

# música#amizade#companheirismo#família

sábado, 15 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga soprano









Nova morada, novo bairro, novos amigos.
Buscar um novo local para fazer trabalhos voluntários.
Um encontro casual com uma amiga do Banco, coincidências da vida.
Me indicou um local. 
Lá vou eu.
Muitas mulheres, tecendo, cada uma com um tipo de trabalho.
Me acomodei e comecei a tecer.
Gente nova desperta curiosidades.
Muitas perguntas.
“A que se dedica?”
Muitas coisas, mas vou falar de uma de minhas paixões.
Cantar. 
Canto em um grupo Vocal, chamado “Outras Mulheres”
Somos um grupo de amadoras, que amam cantar.
Nesse instante, chega uma outra pessoa, que me ouviu falar do Canto Coral, e disse
“Também amo cantar. Será que posso cantar com vocês?”
Desde já está convidada a conhecer o grupo.
Estávamos no final do ano, e já nos preparávamos  para o último encontro.
Festa organizada, em um salão de festas da residência de uma das cantoras. 
Chegou ela, lhe apresentei ao grupo.
Nos ouviu, se encantou e no ano seguinte lá estava  entre nós.
Ela foi cantar no Grupo Vocal e eu fui fazer aula de francês com ela.
Até o ano passado, em todas as quartas-feiras estávamos juntas nestas duas atividades.
Nossa amizade se fortaleceu tanto que em algumas comemorações futuras tomamos 
a frente da organização das festas de final de ano.
Somos tão diferentes fisicamente que lhe chamo de “minha amiga Barbie”.
Uma amizade de trocas, de entregas, de carinhos e atenção que se fortalece a cada dia.
Este ano foi um ano muito difícil para ela: teve duas perdas em sua família.
Uma mulher muito espiritualizada, que enfrenta as dificuldades com muita sabedoria.
E nós, suas companheiras de grupo, sempre estamos ali para lhe dar um colo nestes momentos tão difíceis.
Mais uma vez, volto ao tema.
Ela sai para caminhar e dá uma passada no portão aqui de casa. 
Hoje, nos olhamos, falamos…
Devidamente paramentadas como manda a ocasião, de máscara na face, distanciamento social.
Sem abraços, sem apertos de mão.
Nosso lamento!
Quando voltaremos a cantar?
Não sabemos.
Tomara que  seja em breve, pois o canto nos faz muita falta, e só nos resta esperar.

# amizade # música# línguas



quarta-feira, 12 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS> Amiga de longa data

AMIGA DE LONGA DATA 







Nós havíamos nos perdido. 
Ela não é muito chegada a Tecnologia, então por esta via não consegui encontrá-la.
Pedi ao Universo por muitos meses.
Um dia, ambas, saindo  de uma coleta de sangue, o laboratório fica no mesmo prédio do mercado.
Mercado fechado.
Vou aguardar. 
Subi as escadas, avistei ao longe uma cabeça branca, cabelos curtos, impossível não ser ela.
Nossa felicidade, pelo reencontro ficou estampada em nossa face, complementada por um forte abraço.
“Quanto tempo, Verusca!”
Muitas mensagens de aniversário retornaram.
Eu estava apreensiva: o que teria acontecido?
Nada, só o inevitável, perdi o celular e, com ele, muitos contatos.
Lá fomos nós para nossas compras.
Porém, nada era mais urgente do que celebrar este encontro. 
O tempo!
Que importa? 
Nossos compromissos?
Podem esperar.
Um bom café na cafeteria do mercado, um croissant para acompanhar, e duas horas de conversa.
Amenizamos a saudade.
Hoje estamos muito mais ligadas, sentimos muita falta uma da outra.
Não iremos nos perder mais.
Uma amizade que vale ouro.

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amigas Vizinhas






Duas amigas, lá se vão muitos anos de nossa amizade.

Vizinhas, começo de casamento.

Morávamos  em um prédio pequeno, onde tudo ficou mais fácil, nossos encontros no parquinho... Sinto saudades. Conversas, discussões, questionamentos, como criar nossos filhos.

Um local cheio de crianças de todas as idades onde tudo pode acontecer. 

Muitos sustos; criança pequena dá trabalho.

Alguns episódios a serem narrados aqui, idas ao hospital, pontos na cabeça.

Mas a travessura maior foi na volta da escola.

Meu filho e um dos filhos dela ficaram brincando na frente da escola, nem percebendo o tempo passar.  

Estavam simplesmente em uma árvore, atirando bolinhas nos carros que passavam.

O que ficou pior nessa história é que eu dei um corretivo grande em meu filho, e ela não.

A “mãe malvada” da história fui eu.

Creio que meu filho se sentiu injustiçado pela diferença de comportamento de nós duas.

Águas passadas; lembranças de infância, quem não as tem...

Com a outra amiga vizinha o episódio foi mais engraçado: havíamos tido filhos com diferença de 15 dias. O meu, prematuro nascido de cesárea; o dela, de parto normal.

Seu marido veio me dar a notícia do nascimento de seu filho, e lhe perguntei “tudo bem com a mãe e seu filho?”.

“Tudo certo, mas se ele tivesse asas sairia voando, suas orelhas são enormes, muito feias”.

Fiquei brava com ele, sempre fui mãezona e pra mim não existe criança feia.

Histórias que ficaram lá atrás. 

Distanciamo-nos e voltamos a nos encontrar faz dois anos.

Nestes dois anos, alguns almoços juntas.

Uma ficou viúva; a outra, se separou, e casou de novo.

Este reencontro valeu muito para nós.

No ano passado, recebi a visita das duas. 

Como é bom rever as amigas.

Tenho um carinho enorme por elas.

Com certeza, estaremos juntas novamente.

Um até breve, vamos acreditar que tudo vai passar.


# amizade

# vizinhas


sábado, 8 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amigas visitantes






Uma viagem interrompida por conta de mais uma aventura.
Sol a pino!
Desafio, subir este morro ou não.
Resolvi subir, pois não resisti ao ver meus companheiros de viagem no alto, apreciando a paisagem.
E lá fui para a empreitada, nada fácil, com algumas paradas para recuperar o fôlego.
Cheguei ao topo.
 Valeu pela paisagem, mas o calor torturava.
O que pensei? Se minhas amigas soubessem deste episódio, é claro que haveriam muitas reprovações.
O problema já estava criado, meu quadril, disse um “Basta, cinco anos de aventuras. Já chega. Dá um tempo”.
O tempo foi dado, e que caro me saiu. 
Viagem interrompida, não pude ir até a Patagônia. 
Passei a ficar na  casa de amigos no interior da Argentina.
Foram 12 dias de uma mescla de dor, carinho e amizade. 
Muita comida boa, bons vinhos.
O que fazer em um país estrangeiro? Muito repouso, rede e alguns paliativos.
Aproveitar o que me permitia.
Ao meu retorno, uma verdadeira romaria em minha casa, um entrar e sair de pessoas.
Imaginem eu, com seis semanas de andador, sem colocar o pé no chão.
Depois, três meses de bengala, fisioterapia e afins. 
O comentário mais bonitinho foi de uma menina na rua, saindo da fisioterapia.
“Coitadinha de você!”. Amo as crianças pela autenticidade e tudo que elas nos proporcionam. 
Minhas amigas me ajudaram muito nesta caminhada.
Chegavam com mimos, flores, doces, salada de frutas, bolo.
Muita conversa para preencher e abrilhantar minha tarde. 
Com momentos tão mágicos vividos com estas criaturas, que não tenho necessidade de nominar, todas se reconhecerão e saberão o valor desta amizade.
Fizeram com que este tempo em casa se tornasse mais confortável.
As dores iam ficando para depois.
Sou movida a desafios.
O profissional de saúde decretou: Repouso absoluto.
Não cheguei a perceber o tamanho deste conselho.
Levei à risca. Sentada, estudava, lia, fazia quebra-cabeças, jogava baralho com algumas que gostam da prática.
Até o Canto Coral passou a ser em minha casa.
Em um sábado de carnaval, fui surpreendida com conjuntivite.
 Olhos fechados!
Não bastava repousar o corpo, também  teria de repousar a mente. 
Tratamento feito, muita reflexão e muita paz interior.
Elas foram fundamentais em minha recuperação, pois tudo fica mais leve quando se tem amigas.
O Amor mais fácil.
Não importa os puxões de orelha, eu estava precisando deles.
O que importa é o valor que a amizade tem para mim. 
Um 2019 atípico, mas muito mais saudável mentalmente do que atravessamos agora em 2020.
Agora, uma batalha universal, até quando? 
Não sabemos.
Vamos à luta por melhores dias.
Um abraço virtual para todas.



  

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga serena




Fala mansa, tão calma que me faz lembrar minha mãe.
Sua serenidade me contagia, nunca a vi alterada.
Sempre pronta para atender a todos.
Sua casa, repleta de cachorros de todos os tamanhos, uns tirados da rua em que ela cuida com muito amor e carinho. 
Nos conhecemos na praia e em um destes encontros estendemos as férias. 
Fomos levá-los, ela e seu marido, para conhecer a Cidade Maravilhosa.
Sol, calor, praia, cerveja gelada, e boa companhia. Para que mais?
Em nosso último encontro, no ano passado, estive com eles. 
Aproveitei sua finca, seus frutos, seu vinho e suas empanadas, e a adorável companhia de sua mãe.
Neste ano, sua linda cidade serve de cartão postal, onde se descortina uma paisagem alva, branca, um deleite para os olhos.
# férias
#neve
#calma




quarta-feira, 5 de agosto de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga professora






Eu caí de Pára-Quedas em sua sala de aula. Desistências de uns, oportunidades para outros.
Surpresa!
Ali estou, aprendendo um novo idioma. Não era meu forte.
Todas as quintas-feiras, lá estamos nós, somos 10.
Ela, com seu jeito único, nos conduz por 2 horas e meia e não vemos o tempo passar,
de tão envolventes que são suas aulas.
Interrompidas somente por meia hora de lanche.
Neste intervalo, descobrimos os credos de cada um; e claro que quando o assunto é política,
vem à tona muitas discussões.
Em sala, somos um grupo, com os mesmos objetivos, as alfinetadas ficaram para trás. 
A cada dia ela nos surpreende com novas dinâmicas.
Além de professora, descobrimos que somos vizinhas,
e eu não me fiz de rogada quando ela me ofereceu carona. 
Com esta oportunidade, tivemos um ganho maior.
Temos a mesma ideologia política,
e aproveitamos este tempo para colocarmos nossa conversa em dia. 
Por conta da pandemia neste ano, deixamos de visitar um país incrível.
E também, de comparecer às aulas. 
Até quando?
Uma incógnita.
Esperamos que seja em breve; sinto falta de seus ensinamentos. 

Obrigada, “teacher” amiga.