Uma viagem interrompida por conta de mais uma aventura.
Sol a pino!
Desafio, subir este morro ou não.
Resolvi subir, pois não resisti ao ver meus companheiros de viagem no alto, apreciando a paisagem.
E lá fui para a empreitada, nada fácil, com algumas paradas para recuperar o fôlego.
Cheguei ao topo.
Valeu pela paisagem, mas o calor torturava.
O que pensei? Se minhas amigas soubessem deste episódio, é claro que haveriam muitas reprovações.
O problema já estava criado, meu quadril, disse um “Basta, cinco anos de aventuras. Já chega. Dá um tempo”.
O tempo foi dado, e que caro me saiu.
Viagem interrompida, não pude ir até a Patagônia.
Passei a ficar na casa de amigos no interior da Argentina.
Foram 12 dias de uma mescla de dor, carinho e amizade.
Muita comida boa, bons vinhos.
O que fazer em um país estrangeiro? Muito repouso, rede e alguns paliativos.
Aproveitar o que me permitia.
Ao meu retorno, uma verdadeira romaria em minha casa, um entrar e sair de pessoas.
Imaginem eu, com seis semanas de andador, sem colocar o pé no chão.
Depois, três meses de bengala, fisioterapia e afins.
O comentário mais bonitinho foi de uma menina na rua, saindo da fisioterapia.
“Coitadinha de você!”. Amo as crianças pela autenticidade e tudo que elas nos proporcionam.
Minhas amigas me ajudaram muito nesta caminhada.
Chegavam com mimos, flores, doces, salada de frutas, bolo.
Muita conversa para preencher e abrilhantar minha tarde.
Com momentos tão mágicos vividos com estas criaturas, que não tenho necessidade de nominar, todas se reconhecerão e saberão o valor desta amizade.
Fizeram com que este tempo em casa se tornasse mais confortável.
As dores iam ficando para depois.
Sou movida a desafios.
O profissional de saúde decretou: Repouso absoluto.
Não cheguei a perceber o tamanho deste conselho.
Levei à risca. Sentada, estudava, lia, fazia quebra-cabeças, jogava baralho com algumas que gostam da prática.
Até o Canto Coral passou a ser em minha casa.
Em um sábado de carnaval, fui surpreendida com conjuntivite.
Olhos fechados!
Não bastava repousar o corpo, também teria de repousar a mente.
Tratamento feito, muita reflexão e muita paz interior.
Elas foram fundamentais em minha recuperação, pois tudo fica mais leve quando se tem amigas.
O Amor mais fácil.
Não importa os puxões de orelha, eu estava precisando deles.
O que importa é o valor que a amizade tem para mim.
Um 2019 atípico, mas muito mais saudável mentalmente do que atravessamos agora em 2020.
Agora, uma batalha universal, até quando?
Não sabemos.
Vamos à luta por melhores dias.
Um abraço virtual para todas.
Amor de amigos! Amor mais fácil, ainda mais com uma amiga como você!
ResponderExcluirÉ muito fácil amar minhas amigas.
ResponderExcluirMagna, é muito fácil amar minhas amigas.
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