sábado, 27 de fevereiro de 2021

< CARTAS ÀS AMIGAS > Minha amiga fazedora

     







 Curitiba, 20 de fevereiro de 2021


Esta é uma amiga que ao ler esta carta, rapidamente se identificará.

Muito fazedora, e muito cumpridora de suas tarefas.

Vivemos um período de muito trabalho e dedicação; bons tempos que não voltam mais. 

Sempre brincava comigo dizendo “Vera, você pensa, manda, e eu executo”.

Em suas palavras, “só de me contar o que fez antes de vir para o Banco, Verinha, já estou cansada”.

“Posso esquecer o aniversário de qualquer pessoa mas o da Vera não!”

Sempre fui a agenda de muitas amigas minhas: elas confiavam na minha memória e sempre me perguntavam “de quem é o aniversário hoje?”, ou “quais os compromissos desta semana?”.

Sempre gostei de números e era fácil guardar a data de seus aniversários.

Passar em uma floricultura, comprar uma flor e na hora da entrega constatar seu olhar de alegria já iluminava meu dia.

Hoje é uma das muitas colaboradoras que tenho inscrita na minha Campanha Solidária 2020/2021 

Fazer o bem sem olhar a quem: ela está comigo nesta caminhada e temos o mesmo pensamento. O ganho maior sempre é nosso.

Deixo aqui, minha querida, um abraço virtual - na esperança de um breve abraço real.

Obrigada por sua amizade.


sábado, 20 de fevereiro de 2021

< CARTAS ÀS AMIGAS > Minhas amigas meninas







  Minhas amigas meninas



Por onde andam minhas meninas?

O tempo não passa quando falo de minhas amigas. Me transporto, meu olhar é de ternura. Através de minha retina vejo o eu de cada uma; uma amizade tão longínqua que nos dias de hoje não se faz presente. Nos perdemos no tempo, cada uma vivenciando o confinamento, com suas histórias de vida e suas vivências particulares em meio a um inusitado 2020. O inimigo invisível brota, assola o planeta, muitos lares choram a dor da perda.

Por onde andam minhas meninas, seis mulheres que não perderam a meninice...

Recordar um tempo que ficou lá atrás; tardes inesquecíveis, dançar e rodopiar sob a batuta de uma professora dedicada que nos fez acreditar que seríamos capazes de brilhar em uma sala de aula. Um encontro semanal para descontrair, encher a alma e o coração. 

Seguimos pela vida, cada qual com seus credos, seus deleites e seus problemas. 

Seus desafios de sobreviver a uma quarentena, que já se arrasta por longos e quase intermináveis 11 meses.

De algumas não sei o destino, nem por onde andam.

Espero que estas poucas palavras façam música em seus ouvidos. 

Como foi gratificante dançar em suas companhias. Foram momentos mágicos; em uma hora, dançávamos, acreditando que éramos bailarinas, que podíamos voar sem sair do chão. Com o ego inflado e o corpo satisfeito pelo exercício, voltamos à nossa rotina esperando pela próxima semana. 

Deixo aqui meu abraço afetuoso , esperando por dias melhores para que possamos voltar a dançar e brilhar em nosso próprio palco.


sábado, 13 de fevereiro de 2021

< CARTAS ÀS AMIGAS > Minha amiga Bióloga



 Minha amiga Bióloga


“Amigos de meus filhos, meus filhos serão”: esta foi uma das amigas que abracei, e nossa amizade continua firme e forte.

Bióloga dedicada, estudiosa; as redes sociais nos aproximam e graças a elas, tenho a oportunidade de ler seus textos e acompanhar seus trabalhos.

Em uma viagem ao Jalapão, pudemos desvendar os mistérios daquele lugar mágico.

Conhecer seu povo, sua cultura, dormir em casas rústicas (casas de taipas), visitar os fervedouros.

Na comunidade Mumbuca, em Mateiros, composta por descendentes indígenas e quilombolas, foi iniciada a tradição do artesanato com capim dourado, natural da região.

Conhecer este lugar, sua gente e seu trabalho, é um encanto.

Passear nas Dunas do Jalapão. 

Os fervedouros nada mais são do que nascentes de rios subterrâneos em pequenos lagos de águas cristalinas. Ao brotar, a água gera muita pressão e acaba aumentando sua densidade. É por isso que nada afunda nessas águas

Visitando esses lugares, saímos de lá renovadas e leves.

Uma deliciosa gargalhada; perceber que se está flutuando em uma piscina de água natural sobre uma potente nascente.

Viramos crianças: como não aproveitar este lugar tão magnífico?

Lá se vão 5 anos, amiga, e sempre me recordo de nossos passeios como se eles estivessem acontecendo exatamente agora.

Num outro encontro  em Curitiba, Feirinha do Largo. Sentadas degustando um chopp enquanto apreciamos o desfile das pessoas que tem como hobby ir às compras neste lugar com tantas diversidades, tanto nos artesanatos quanto no público frequentador. 

Nossa diferença de idade não é empecilho para uma boa prosa.

Ela e sua família habitam uma casa no alto de um morro em que se descortina a bela  Florianópolis. A casa irá se tornar um museu de plantas das mais diversas espécies.

Um agradável recanto.

Parabéns amiga, por estar em um lugar tão aconchegante.

Quando finalmente vacinada, com o direito adquirido de ir e vir, hei de te fazer uma visita. 

Por ora, um forte abraço.





sábado, 6 de fevereiro de 2021

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga especialista em crochê


 

                                 


                                                                                                      




                                                                                     

                                                                  


 Curitiba, 06 de fevereiro de 2021


Querida amiga, uma flor no jardim de minha existência, sempre tão amável, solícita... Dedica horas de seu dia a crochetar para os mais necessitados.

No ano passado costurou 300 toucas e chegou em minha casa trazendo estes mimos para que eu faça a minha parte na campanha - buscar para quem doar.

Nas festas da Associação da qual fazemos parte, é sempre uma das primeiras a colaborar.

Sua presença me faz muita falta; no ano passado, com apenas dois encontros no portão de minha casa, matamos um pouco a saudade de nossa convivência. A conversa se arrasta, obedecemos a distância, mantemos o protocolo; fica o abraço e o aperto de mão para mais tarde.

Participante de um grupo Vocal regido por meu filho André, ela sempre me põe a par dos eventos.

No ano passado distribuí mudas de Girassol para muitas amigas e ela foi uma das ganhadoras.  Quero ajudar a florir Curitiba e cidades vizinhas.

Essa amiga cuida com muito carinho e dedicação de suas mudinhas, e não vê a hora da primeira florada. 

Nossos encontros são de luz e de muitas risadas. 

Hoje trocamos presentes,  ela  fez uma mandala nas cores que eu  escolhi, com direito a dedicatória e as explicações dos significados das cores!

Será pendurada em meu quarto para melhores vibrações.

Neste ano, que está apenas começando, esperamos que o compromisso e responsabilidade sejam uma constante entre os homens.

Continuamos nos cuidando: este é o lema para vencermos esta batalha.

Um abraço carinhoso, minha amiga crocheteira.