< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga parceira

Navegar em outra cultura.

Foi ela!

Fui absorvendo pelos poros tudo que ela tinha a ensinar, e eu, a aprender.

Empatia à primeira vista.

Era tanta que nos confundiam na Universidade.

Qual será a brasileira?

Passou um tempo vivendo em nossa casa, até que tivesse seu próprio lugar.

Foi bem recebida por todos.

Até nosso cãozinho aprendeu a latir em outro idioma.

O convívio foi muito fácil.

Um bom papo, receitas trocadas.

Costumes culinários adentrados em nossa casa.

Somos simpáticos a novos experimentos.

Ela conquistou a todos; desde a matriarca-mor, minha mãe, até meu neto, na época com dois anos.

Foram três meses de um convívio rico.

Quando passou a ter seu próprio cantinho –no quarto que já fora de meu filho –, meu neto carinhosamente o apelidou de "quarto dela".

Lá se vai um tempo, de uma amizade sólida, que veio pra ficar.

Por conta deste fortuito encontro, tive a oportunidade de conhecer seu país.

Me apaixonei por ele, um país que respira música, solidariedade, e muito amor pelos  brasileiros. 

Deixei muitos amigos por lá.

Foi em sua casa, que nasceu “ La Vida ” o meu primeiro poema, a minha primeira inspiração.

O despertar de minha musa interior,como disse uma outra professora,que também me apoiou muito. 

Três professoras que acreditaram em mim, me incentivaram a editar meu livro Andanças/ Andanzas.

Hoje? O agradecimento vai para elas! Pessoas cultas, que me ensinaram muito e acreditaram em mim.

Só me resta neste momento deixar um abraço virtual.