AMIGA QUE VEIO PARA FICAR
Nos tornamos amigas na viagem, até então uma conhecida.
Tudo começou com muito humor e alguns atrapalhos.
Ela saía do Rio e eu, de São Paulo.
As trapalhadas do início de viagem foram contadas com muito riso, porque a preocupação ficou para o momento do incidente.
Esquecer a bolsa no carro do irmão com tudo: documentos, passagem e tudo que precisava.
Pânico. Será que tudo chegará a tempo?
Acabei viajando sozinha, meus companheiros foram trocados de voo e horário.
Muita correria, nunca vi um aeroporto tão grande.
Cheguei para a conexão “ em cima do laço “, língua de fora, boca seca.
São os perrengues das viagens.
Cheguei ao destino de madrugada. Pra minha sorte, dominava a língua local e pude compartilhar um táxi, mas ainda não estava bem ajustada com o câmbio da moeda.
Ufa! Hotel à vista
“Check-in a ser feito”, disse ao recepcionista
“Sou companheira de fulana, veja bem, me dê o número do quarto certo, eu não a conheço”.
Realmente não me recordava de sua fisionomia; na foto de seu WhatsApp, como boa bióloga, possui uma plantinha.
Imaginem a cara de espanto do recepcionista.
Chave na mão.
Abri a porta sorrateiramente.
Ela acordou e disse, Vera, quarto sem janelas e cama só de casal.
Agora entendi ainda mais a cara de espanto do rapaz.
Dormimos. Eu não tenho problemas em dormir com quem quer que seja, mas talvez cause problemas às minhas companheiras de quarto!
No dia seguinte, eis que no café da manhã fomos surpreendidos pelos outros companheiros que acabavam de chegar ao hotel.
Papo em dia.
Nós duas fomos descobrir as belezas daquele país.
Fotos, lugares, artesanato, natureza, história local.
Tudo muito simples.
Comida típica, povo amável.
Éramos tratadas como rainhas.
“Mi Reina”.
“Lo que necesita de desayuno?, tenemos huevo, huevo ranchero, huevo perico, huevo solo, huevo revuelto”.
Resumindo, ovo de todos os tipos, variados unicamente pelo tempero local.
Rimos muito porque não importava mudar de cidade, “el desayuno” sempre se assemelhava.
Fomos nos conhecendo, tudo funcionava muito bem, nos afinamos desde os primeiros momentos de convívio.
Para ela, sua primeira viagem “RAIZ”. Nós de mochila e ela com uma mala do tamanho do mundo, passou trabalho.
Arrumava sua mala e dizia “na próxima, será de mochila”.
Moramos em estados diferentes; o seu carioquês me levou a fazer muitas brincadeiras com ela. “Aooonnde exxtáá a minha tesourinhaaa”, muitas risadas, muito humor, muita diversão.
Ficamos muito ligadas, a amizade continua.
Não importa quando nasceu esta amizade, o que importa é que veio pra ficar.
Muito bem minha amiga. Linda essa carta
ResponderExcluirObrigada amiga. Abraço
ExcluirObrigada Tere. Bjss
ResponderExcluirParabéns pelas cartas, amigas! São lindas!
ResponderExcluirParabéns pelas cartas, amigas! São lindas!
ResponderExcluirVera queria, que bom ler essas lembranças tão boas! Você me fez voltar no tempo e me lembrei de bons momentos juntas: do chá, de andar por Leyva, da procura pelo café, do museu, da casa, lembra? Foi tudo tão bom e tão divertido...mesmo no perrengue das bagagens no aeroporto para fazer ficarem dentro do peso! Foi muito bom ter compartilhado este tempo com você. Uma grata surpresa te conhecer e ter oportunidade de dividirmos esta experiência de viagem. Que tenhamos muitas outras oportunidades de estarmos juntas e eu poder rir com você. Amei a carta, amei a foto. Eu lembro dela!Um beijo, com muito carinho e saudade! À nossa amizade!!!
ResponderExcluirLuiza, foi tudo tão intenso mesmo. O perrengue no aeroporto de Bogotá.Este fato, não narrei,eram muitas histórias . Que bom que seguimosconversando..Matando a saudade. Outras viagens virão.
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