sábado, 31 de outubro de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga florista





 Amiga de muitos anos. Estávamos afastadas, mas a pandemia nos reaproximou.

Todos os dias ela nos presenteia nas redes sociais com belas flores. Não necessita ter legenda; seu carinho ao postar estas flores está ali, sem palavras, a imagem nos basta.

São tantas as promessas de reencontros quando tudo isso passar...

As expectativas por estes reencontros são grandes. Damos asas à imaginação; quantos assuntos pendentes, quantas viagens programadas e interrompidas, quantas palavras que não foram ditas, quantos amores que vieram e se foram...

Esse tempo de reclusão nos faz pensar no quanto somos importantes umas às outras.

Alimentamo-nos de amizades, de palavras de carinho, de atenção.

Trabalhamos na mesma instituição, mas isto ficou lá atrás e já se perdeu no tempo.


 Hoje somos amigas virtuais muito mais próximas, e nos comunicamos todos os dias.

Um telefonema não substitui um aperto de mão, mas ameniza o coração.

Sempre viajei com ela em suas fotos postadas - mesmo não estando a seu lado, 

mas em companhia de outras amigas em comum.

Ela desbravava o mundo, e eu me deleitava com as paisagens, os monumentos, os cenários e tantos outros lugares em que nunca coloquei meus pés. 

Dotada de uma sensibilidade sem par, só faz com que nossa amizade se fortaleça a cada dia que se passa.

Deixo aqui  um abraço carinhoso para você, minha amiga Florista.

Suas cores embelezam as redes sociais.

Amo suas postagens.





sábado, 24 de outubro de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga ternura


 Quando se é amigo de verdade, os laços afetivos jamais se perdem.

Começamos na mesma instituição. 

Conheci-a quando ela ainda não tinha filhos. Logo ela foi embora para outra cidade, onde vive até os dias de hoje.

Nas férias, seu filho vinha passar alguns dias aqui em casa, e nós duas tínhamos nossos momentos para matar a saudade.

Até hoje quando vem a Curitiba me surpreende com uma chamada do aeroporto, não importando em qual horário seja, simplesmente dizendo “Estamos aqui! Estão livres para um encontro no Bar do Alemão?”

Sempre deu certo. Creio que nossa empatia e astral sempre estiveram ao nosso lado.

Há pouco tempo, fomos a Brasília para o casamento de seu primogênito. Foi uma das melhores festas que participei, com tudo muito impecável e bonito.

A tônica da festa era de pura alegria. Rodopiei naquele salão feito uma menina.

Nosso último encontro aqui em Curitiba se deu no ano passado. Afundamos as calçadas da  “city” na Feira do Largo, um lugar extremamente aprazível para se percorrer e apreciar os trabalhos de nossos artesãos.

Nossos parques, teatros, cinemas... Enfim, nós duas sabemos explorar o que o tempo nos permite. 

Um sorriso, um aperto de mão, um abraço. Um até logo, porque sempre pensamos que logo estaremos juntas.

Para hoje, amiga, um abraço virtual - que é o que nos resta neste momento.

Deixo aqui um convite para aqueles que desejam conhecer Curitiba que cheguem e aproveitem o que nossa cidade oferece. 

#parques## teatros# # cinema# # feira do largo#






sábado, 17 de outubro de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amigas de fé

 











Curitiba, 17 de outubro de 2020


O universo sempre conspira a meu favor.

Encontro mãos que acolhem como também posso acolher.

Amigas espirituais, amigas de fé.

Neste ano tão difícil com problemas familiares, a corrente de orações foi de uma força que iluminou o caminho de um ente muito querido para mim.

Agradeço a força, agradeço as orações, agradeço as palavras de conforto de todas as amigas que me ajudaram nesta caminhada.

Hoje, posso dizer que a tempestade passou e que, aos poucos, está chegando a bonança.

A todas que estiveram comigo neste tempo, deixo meu abraço fraterno.

Beijos a todas.



#fé# # força#




quarta-feira, 14 de outubro de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Ao Grupo de 8 mulheres incríveis


 


Somos 8 mulheres inspiradoras.

Oito almas mágicas que deixam rastros por onde passam.

Cada uma com suas histórias pra contar.

Tenho sorte de ter como amigas estas 7 mulheres. Mulheres cabeça, mulheres especialistas, professoras dedicadas, cada uma em sua profissão, que faz delas excepcionais.

Nossos encontros, sempre interessantes... Ali deixamos de lado nossa profissão, sendo apenas nós despidas de corpo e alma.

Somos como nossas mãos: tão diferentes, e ao mesmo tempo, tão iguais.

Quando o tema é literatura o tempo passa tão rápido que sequer damos conta do relógio.

Muitas vezes somos as últimas a sair de um lugar muito aprazível e tranquilo que buscamos. 

O humor faz parte de nós, nos transborda e deixa a alma leve.

Que saudade de vê-las.

Que saudade de nós.

O mundo arde lá fora. 

Grita, explode; são tantas as intempéries.

No entanto, temos a capacidade de deixar de lado as tristezas e fazer ouvidos moucos para aquilo que está ao nosso redor.

Hoje, neste período tão duro para toda a humanidade, nos vemos apenas por vídeo

e nos imaginamos de mãos dadas, enquanto elevamos nossos pensamentos para dias melhores.

Obrigada, amigas de fibra.

Deixo aqui meu abraço virtual.

Esperando que em breve o abraço seja real.


# amizade# # parceria# # conhecimento em literatura# 



sábado, 10 de outubro de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga viajante






Amiga nova, chegou em minha casa apresentada pelo meu filho.

Uma noite apenas para curtir Curitiba: lá fomos nós, comer a tão famosa “Carne de Onça” com um bom chope.

Fui conhecendo-a aos poucos; percebi que se arrumava muito mais rápido para sair e estava sempre muito bonita.

Uma pessoa linda por fora e por dentro.

Também percebi que seu despertar era diferente do meu. Calada, tinha seu tempo para acordar. 

Conhecendo as diferenças fomos nos afinando.

Hoje, nossa amizade é algo que me faz muito bem e que me trouxe crescimento.

Uma amiga para todos os momentos.

Bem, eis um pouco do que desbravamos pelo norte da Argentina: Em nossa primeira viagem juntas, seguimos rumo a Foz do Iguaçu 

Íamos pernoitar em Posadas, já em solo argentino, mas como nem tudo se resume a flores, nosso carro acabou quebrando. Detalhe: ele havia acabado de sair da revisão! 

Como o problema já estava criado, só nos restava buscar uma oficina - e como estávamos no “meio do nada” (melhor dizendo, em uma cidade de poucos recursos), ainda tivemos de esperar a peça pro reparo vir de outra cidade.

Claro que o perrengue ficou nas mãos do dono do carro e de sua namorada, sempre solidária.

Nós duas tivemos a sorte de passar aquele tempo em uma piscina de um clube local.

Carteirinha de saúde em mãos e lá fomos nós passar a tarde nos refrescando em um calor de 30 graus. Foi neste ambiente que de fato começamos nossa amizade, pois até então mal sabíamos nossos nomes. Calor, uma boa cerveja, soubemos tirar proveito de um momento que acabou se tornando muito agradável.

Enfim seguimos viagem!

Dormimos em Francisco Beltrão, mais uma pequena, organizada e interessantíssima cidade deste Brasilzão.

Rumo a Ruínas de San Ignácio, chovia e a temperatura havia baixado - mas nada nos impediu de apreciar a beleza deste lugar, nem de visitar o museu de Las Reducciones Jesuíticas. Respiramos história, que maravilha.

Próxima parada: Posadas. Um casal de amigos meus nos aguardava, e nossa estada foi muito boa. Já nos aguardavam um churrasco à moda Argentina, acompanhado de um bom vinho e boa conversa para encher a alma e o coração.

Em Corrientes, também nos instalamos na casa de um amigo, mas dessa vez, do meu filho. Podem imaginar 3 biólogos juntos?!

Bom ouvir a empolgação deles, e matar a saudade de tantos anos de distanciamento. É um momento para que eu possa praticar o aprendizado de ouvir.

No dia seguinte, Salta nos aguardava. Basílica de Salta, Igreja de Santo António... Suas Igrejas são de uma beleza indescritível.

Seguimos viagem; não posso deixar de mencionar nosso trajeto onde pudemos apreciar a beleza de cactos gigantes florescidos que adornavam a paisagem.

Chegamos a San Antonio de Los Cobres, uma região árida, elevada e fria.

Um fato interessante: estávamos em um restaurante simples, e esta minha amiga tirou uma foto minha inédita. Eu, de touca, com óculos e sorriso no rosto... Não deu outra: na hora, um moço na mesa ao lado disse “Cara de cumpleaños”. Traduzindo, cara de felicidade.

Agora vou falar em rápidas pinceladas um pouco deste norte Argentino que nos encantou. 

Purmamarca é uma cidade no departamento de Tumbaya, da província de Jujuy. Suas  montanhas, um verdadeiro matiz de cores, tudo parece uma pintura, uma paisagem que encantaria os artistas que dominam a arte do pincel.

Não posso deixar de mencionar Humahuaca-Jujuy. Encontramos uma pousada muito simples cujo diferencial reside na maneira como fomos recebidos: era possível escolher entre vinho caseiro ou chimarrão, e depois ir para um jantar com comida caseira, bem simples, mas elaborada com muito capricho pelo Facundo.

Diferenças regionais: lá eles costumam jantar às 22 horas, o que tive de aprender ao longo do caminho.

Cafayate com suas adegas, degustação de vinhos... Sempre havia uma dúvida de qual comprar - já que todos são muito bons.

Vários lugares ficarão para uma nova carta. Tinogasta, Chilecito, etc.

Só tenho a dizer que indico muito essa viagem pelo norte argentino.

Deixo aqui meu abraço para essa companheira de viagem, e que logo, mais muito logo possamos estar juntas - para que eu possa ver aumentar sua coleção de fotos de seus pés. Abraço grande.

# amizade# viagens# #cactos# #cidades históricas# 


sábado, 3 de outubro de 2020

< CARTAS ÀS AMIGAS > Amiga professora





Tudo começou na véspera de Natal de 1999.

Acabava de chegar em uma terra desconhecida.

Despertei, minha musa me visitou, escrevi meu primeiro poema, “La Vida” e a partir deste momento, tudo começou a fluir.

Tive três professoras que me ajudaram muito nesta caminhada.

Esta carta  dedico a uma delas; graças à tecnologia podemos nos comunicar.

Ela acreditou em mim, me incentivou, disse que minha musa tinha me visitado neste país.

Todos os meus poemas foram escritos em espanhol, ela fez as revisões.

Minha inspiração era toda em espanhol, talvez por estar ouvindo o dia todo esta língua e pela sonoridade que é belíssima.

Então ocorreu um fato interessante. 

Ouvia ao longe um vendedor oferecendo um produto: “Ajo, quien va a querer”. Fui até seu encontro e começamos a conversar, ao que de imediato ele me perguntou “Você é Equatoriana? Venezuelana? Colombiana?”.

Respondi-lhe “Bem, sou do único país da américa Latina cuja língua não é a Espanhola”.

“Brasil? Oh! País de Chico Buarque, Ivan Lins, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia”... Ele conhecia muitos de nossos cantores e compositores, pois ouvia uma rádio que pegava em ondas curtas. 

Sabia muito, bastante estudado, senti que ia aprender muito com este povo.

Eles viajam através dos livros.

Foi uma experiência única.

Todos os dias eu escrevia, fui colecionando os poemas que ficaram guardados em uma gaveta por vários anos.

Até que, saindo de uma aula de Neurolinguística, tinha uma tarefa a cumprir. 

Fazer no próximo ano algo que nunca havia feito.

Pensei “bem, vou publicar meu livro”.

Com esta iniciativa, nasceu meu livro “Andanças/Andanzas” publicado em 2011.

Obrigada, professora, por seus ensinamentos, pelas dicas, pelo aprendizado.

Foi encantador este convívio com você.

No ano de 2000 ela esteve no Brasil e ficou em minha casa, ministrou aulas, fez muitos amigos por aqui, foram dias e noites inesquecíveis.

Como sinto saudades desta criatura que possui uma cultura invejável.

Um beijo no coração, minha professora cubana. Até daqui um dia.


amizade#cultura#aprendizado#solidariedade